A cada ano,aproximadamente 1,6 milhão de pessoas sofrem fraturas no quadril —até 2050, o número deve pular para 6,3 milhões. E esse tipo detrauma, especialmente em pessoas mais velhas, traz mais dores decabeça do que se pensava.
Uma análise doConsórcio sobre Saúde e Envelhecimento, colaboração entre EstadosUnidos e Europa, mostra que, em pessoas acima de 60 anos, machucaressa região pra valer eleva o risco de morte mesmo oito anos após oacidente — quando imaginamos que a recuperação já seria total.
Os profissionaisanalisaram oito estudos que, juntos, somavam 122 808 voluntários.Toda essa turma foi acompanhada por quase 13 anos. O primeiroresultado: houve um crescimento expressivo na taxa de mortalidade porcausas diversas no primeiro ano após a lesão.
Mas tem mais. Aprobabilidade de falecer permaneceu aumentada mesmo depois de oitoanos da fratura — isso em comparação com gente que não trincou oquadril. O efeito foi sentido com mais força nos homens, mas asmulheres também devem ficar atentas, segundo os estudiosos.
Agora, como um ossoquebrado pode afetar tanto a vida? Além de estar relacionada ainfecções e doenças cardiovasculares, a fratura pode causar dorcrônica, diminuir a mobilidade e aumentar o nível de dependênciado paciente. Ou seja, ela compromete a vida sob diversos aspectos.
Vale lembrar que osidosos estão mais propensos a problemas no quadril, já que a idadedeixa os ossos mais fracos — é a chamada osteoporose. Eles tambémcorrem um risco extra de sofrerem acidentes como escorregões equedas, porque podem desenvolver problemas de visão e equilíbrio.
“É importanteimplementar medidas adequadas para prevenir a ocorrência de fraturasno quadril, enquanto mais atenção deve ser dada aos indivíduosmais velhos que já passaram por isso”, disse Michail Katsoulis, umdos autores do estudo, em um comunicado.