Algumas doenças congênitas, da infância, do desenvolvimento da criança ou adquiridas após, por exemplo, uma fratura podem desencadear modificações no tamanho, formato e relação entre ossos da articulação do quadril. Inicialmente, podem passar despercebidas, sobretudo nos casos sutis, mas serão sempre um fator de risco para o desenvolvimento de artrose de quadril. A artrose de quadril é uma doença evolutiva, com sintomas gradativos, progressivamente incapacitante e que não responde bem ao tratamento conservador (é o tratamento não cirúrgico a base de uso de medicamentos, fisioterapia, medidas comportamentais de redução do peso e economia articular, etc). Este paciente, futuramente pode necessitar de uma cirurgia de artroplatia total do quadril.
Com os objetivos de adiar ou evitar o implante futuro de uma prótese, foram desenvolvidos tipos de cirurgia para preservar a articulação natural do quadril, ou seja, as cirurgias preservadoras do quadril.
Este tipo de cirurgia tem indicação reservada para casos em que ainda não há artrose da articulação ou esta se encontra em estágios muito iniciais. Pacientes com artrose já instalada tendem a responder mal ao tratamento preservador, muitas vezes não sendo justificada a exposição aos riscos de uma cirurgia preservadora, pois os benefícios podem ser pobres.
Quando indicada e dependendo de cada caso a cirurgia preservadora do quadril pode ser realizada por via artroscópica ou via aberta. Na videoartroscopia utilizam-se pequenas incisões pelas quais o quadril é acessado e a cirurgia realizada com o uso de intrumentais cirúrgicos específicos como câmera de videoartroscopia, pinças, etc. Na cirurgia aberta os procedimentos são realizados através de incisões convensionais. A melhor técnica a ser aplicada deve ser decidida entre o cirurgião ortopedista e o paciente, pois cada uma delas têm suas características, vantagens e desvantagens.